QUANDO ERA CRIANÇA
Luiz Gonzaga da Silva
Quando era criança agia como criança, olhava o mundo com a visão de criança, aceitava os esbarrões da vida como criança, chorava como criança, respondia as ofensas como criança e o mais importante perdoava, com lágrimas nos olhos.
Cresci, passei por diversa fazes da vida: adolescência, juventude e cheguei a fase da independência sem deixar de ser criança em muitas coisas, porém no perdão não consigo ser como criança, pois sempre resta a mágoa, a marca que fica e eu sei que essa atitude está errada.
O perdão de Deus é isento de marcas, resíduos e manchas.
Lembrei-me daquela estória do pai que a cada erro do filho pregava um prego numa tábua. Os erros foram se avolumando a te que o pai disse: a tábua está cheia, que tal reconsiderar todo o erro cometido fazendo justamente o contrário? A cada acerto seu eu tiro um prego. Assim foi feito até que num determinado praz a tábua ficou vazia, então o filho eufórico disse ao pai: Consegui! Consegui! Isso merece uma comemoração, porém o pai respondeu.
Meu filho os pregos foram retirados, mas as marcas ficaram.
O filho saiu triste e cabisbaixo.
Esse é o retrato do perdão de nós humanos. Se esse acontecimento tivesse sido entre Deus e o rapaz e porventura ele perguntasse: Senhor e as marcas que ficaram na tábua?
Certamente Deus responderia: Marcas? Tábua?
Deus esquece nossas faltas quando pedimos perdão, mas nunca esquece o bem que fazemos.
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