domingo, 22 de maio de 2011

PLANEJAMENTO EM SALA DE AULA


GANDIN, Danilo e CRUZ, Carlos Henrique Carrilho. Planejamento na Sala de Aula. Petrópolis: Vozes, 2006. ...

O livro “Planejamento em sala de aula”, aborda as situações ocorridas em sala de aula devido ao mau planejamento das atividades ou a ausência de um planejamento, evidenciando sua importância, fazendo um detalhamento do mesmo e apontando caminhos para a práxis pedagógica. Gandin e Cruz afirmam que o planejamento deve ajudar a decidir “o que se vai fazer” e “para que fazê-lo”, só através dessas consciências o planejamento terá efeito e haverá transformação e conhecimento. “o planejamento de sala de aula, deve resgatar o sentido social do trabalho escolar, deve ser instrumento metodológico da realidade, de idéias que superam o mero domínio cognitivo de informações”. O que reflete-se na idéia de que a educação não é apenas transmissão de conteúdos. É sim, ensinar a construir a história, não impô-la e exige organização e respeito. É o Projeto Político Pedagógico que efetiva o processo educativo. É ele que indica o Dever-Ser e que propõem um futuro humano aos esforços da educação, e que: “constitui, filosoficamente, o ponto de partida e o horizonte oferecendo instrumentos para viver isso na prática e no dia-a-dia das salas de aula”. O marco operativo deve ter a inteligência da ação, a razão de ser e os princípios metodológicos do grupo para expressar as vontades desse grupo. O diagnóstico são as considerações a respeito da realidade, segundo critérios e possibilidades preestabelecidos. Para Gandin e Cruz o planejamento possui pelo menos 9 finalidades, tais como: organizar; definir etapas; melhorar a qualidade da ação; expandir a quantidade; oferecer alternativas; distribuir recursos; introduzir novas estruturas; facilitar a manutenção das estruturas; propor uma nova realidade social contribuindo para sua construção. A partir dessas finalidades se terá clareza quanto ao diagnostico que mais convém ao professor. Para a elaboração do diagnóstico os autores dizem que primeiro “o professor precisa dar-se conta de que o diagnóstico é uma avaliação continuada” e então listar os temas, propor perguntar para saber o que é preciso investigar, e estabelecer indicadores para descobrir como realizar a prática. Mais uma vez vê-se a necessidade do planejamento para a escola como um todo e também através do planejamento se descobre as necessidades para se alcançar os objetivos desejados. Gandin e Cruz dizem que “necessidade é algo requerido por uma realidade, num momento determinado em função de um Dever-Ser explicitamente definido num referencial ou aceito por algum motivo”, isto é, necessidade é a expressão do que a realidade exige. Para isso é preciso um planejamento que “solucione o problema” e uma boa programação. Esse processo dividi-se em: objetivo, estratégias, normas, e atividades permanentes. Estratégia é o modo de realizar a ação e de alcançar o resultado não deve confundir-se com técnicas, estratégia é atitude, para solucionar algumas necessidades e aproximar a realidade. Normas são limites da convivência social. As normas são obrigações. Deve ser estabelecidas em conjunto, para surtir efeito no planejamento participativo. Atividades permanentes são ações que deve repetir-se com periodicidades determinadas. A execução são as ações realizadas a partir do diagnóstico e da elaboração do plano. São as rotinas e as atividades permanentes, normas e regras criadas e estabelecidas em consenso com os alunos. A avaliação do processo trata de estabelecer o circulo “virtuoso” de continuidade, rever os pontos fracos, os objetivos, quais os caminhos seguidos, para onde se esta indo, e propor ações e atitudes para se alcançar as metas. O conselho é para Gandin e Cruz, “um espaço de diagnóstico do processo educativo que a escola desenvolve e como tal deve ser um juízo sobre a realidade do professor e do aluno. “Juízo este sobre a realidade e sobre a prática da turma” vivenciada pelo professor encontrar o foco gerador e buscar soluções para os problemas surgidos. Para tornar possível tudo o que já se falou é ainda necessário o acompanhamento e monitoramento de um supervisor ou coordenador que vai acompanhar o desenvolvimento do planejamento, do projeto político pedagógico, das atividades do professor, das mudanças ocorridas, e se os objetivos estão sendo alcançados para o perfeito andamento das atividades educacionais.

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